Seguem em ritmo acelerado na Avenida Júlio Cesar Jarros, Parque Danielle, ao lado do Banco de Alimentos, as obras do Restaurante Popular de Umuarama, resultado de parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O investimento é de R$ 2,6 milhões na construção, que soma 1.494,62 m², mas no total serão investidos R$ 3,9 milhões, sendo R$ 3,5 milhões do Estado e R$ 421 mil em contrapartida do município. A execução da parte civil teve atrasos por conta da pandemia de coronavírus, mas ao que tudo indica será entregue nos primeiros meses de 2021. O projeto compreende a construção de cozinha industrial, administração e refeitório, banheiros, depósitos e demais instalações. O convênio inclui a aquisição de equipamentos, materiais permanentes e de consumo para produzir refeições de qualidade a preços acessíveis, fortalecendo a rede de proteção nutricional do município. Conforme o diretor de Obras da Prefeitura, Renato Caobianco, a construção está com um percentual executado de 62%. No momento, os operários estão executado o piso em granitina, colocação de esquadrias de alumínio, estrutura do forro e iniciando pintura. A previsão de entrega é o primeiro semestre de 2021. “O Restaurante Popular será uma ferramenta de apoio para ampliarmos o atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade e trabalhadores da área industrial”, lembra o diretor de Agricultura e Pecuária do município, Vinícius Chimenez. “Com esta obra ampliaremos a atenção aos segmentos mais vulneráveis. Levaremos comida de qualidade a desempregados, estudantes, idosos e aposentados, coletores de recicláveis, vendedores ambulantes, moradores de rua e trabalhadores de vários segmentos, entre outros públicos”, atesta o prefeito Celso Pozzobom. A estimativa inicial é oferecer 1 mil refeições por dia, número que pode ser ampliado conforme a demanda e as parcerias. A administração pretende estabelecer parcerias com empresas do parque industrial para servir alimentação no local de trabalho, dando mais tempo aos trabalhadores e reduzindo custos. “O restaurante se soma às estratégias que o município já oferece para combater a fome e melhorar a qualidade da alimentação distribuída à população. Temos o Banco de Alimentos, o programa Lixo que Vale, Compra Direta, o Sacolão do Produtor, distribuição de cestas básicas na Assistência Social e cestas verdes, além do repasse de alimentos a diversas entidades que atendem famílias necessitadas e servem refeições prontas gratuitamente”, acrescentou Pozzobom. O espaço tem proposta de servir refeições no local e também entregar marmitas a trabalhadores, atender outros bairros e estudantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que têm campi nas proximidades. “O restaurante fica em uma das regiões que mais cresce na cidade e próximo ao parque industrial, onde há muitas empresas de pequeno porte, principalmente do setor moveleiro, que não têm estrutura para fornecer refeições aos seus funcionários”, comentou o prefeito. Esses trabalhadores poderão ser atendidos pelo restaurante. “Nossa ideia é criar um sistema logístico para entregar as refeições nesses locais, atendendo também outras comunidades e os estudantes com uma comida barata e de qualidade”, diz. O Restaurante Popular de Umuarama é uma das 20 unidades que o governo do Estado está construindo ou modernizando em parceria com os municípios com mais de 80 mil habitantes. No total, o governo investe R$ 14,7 milhões no programa. Além de uma contrapartida de pelo menos 5% do valor do projeto, os municípios ficam responsáveis pela gestão do espaço e pela definição do valor da refeição, que é mais barata que o comércio convencional. Umuarama já conta com o Banco de Alimentos, que fica no terreno ao lado e distribui cestas com frutas, legumes e verduras a cerca de 900 famílias por mês. Além dele, há também o Sacolão do Produtor, parceria com a Cooperativa dos Produtores Rurais de Umuarama (Cooperu), que vende no varejo os produtos da agricultura familiar. Os restaurantes populares também beneficiam os agricultores familiares, que se tornam fornecedores. “Os restaurantes servem comida de verdade, grande parte dela produzida pela agricultura familiar. É uma via que atende dois públicos prioritários, as pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e os pequenos produtores”, afirma Márcia Stolarski, chefe do Departamento de Segurança Alimentar da Secretaria da Agricultura. Vídeo desta notícia - clique aqui