A portaria federal nº 2.749 assegurou os recursos necessários à efetivação da central de regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Umuarama, no próximo ano. A medida beneficiará uma população estimada em mais de um milhão de moradores, abrangendo 85 municípios do Noroeste do Estado. O Samu foi implantado no Paraná em 2004. O programa é especializado no atendimento de emergências clínicas, obstetrícias, pediátricas e psiquiátricas, funcionando 24 horas através do telefone 192.A sede da Central de Regulação Médica de Urgência Regional de Umuarama (Samu Noroeste) será construída no Jardim Vitória Régia, ao lado da Unidade Básica de Saúde (UBS) - que está em fase de conclusão - e nas proximidades da Super Creche. Terá 321 m² e custará R$ 383 mil. O repasse federal corresponde a R$ 150 mil e a contrapartida do município será de R$ 233 mil. O processo de licitação será lançado no início do próximo ano e a empresa vencedora terá cinco meses para a conclusão da obra.A portaria deliberou sobre a destinação de outros recursos, voltados à aquisição de materiais, mobiliário e equipamentos de informática, perfazendo mais R$ 141 mil. A frota de ambulâncias necessária já foi repassada. São veículos de suportes avançado e básico, distribuídos da seguinte maneira: Altônia (1), Barbosa Ferraz (1), Cafezal do Sul (1), Campo Mourão (2), Cianorte (2), Cruzeiro do Oeste (1), Cruzeiro do Sul (1), Goioerê (1), Icaraíma (1), Iretama (1), Loanda (1), Nova Londrina (1), Paranavaí (3), Rondon (1), Terra Boa (1), Terra Rica (1), Ubiratã (1) e Umuarama (3)."A atuação do Samu representa um importante salto de qualidade no atendimento prestado à população", avalia o prefeito Moacir Silva. "Será possível reduzir o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro rápido", ressalta.OrganizaçãoPara desempenhar um papel condizente com as expectativas da população, estrutura e organização são imprescindíveis. A Central de Regulação de Umuarama atenderá chamadas de 85 municípios. Ao receber o telefonema (192), o médico regulador avalia e recomenda o procedimento adequado: orienta a procurar um posto de saúde, designa uma ambulância de suporte básico ou, se necessário, envia uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o profissional comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade. Ao todo, a região contará com quatro Unidades de Suporte Avançado (UTI móvel), 20 Unidades de Suporte Básico (ambulâncias), oito salas de estabilização, seis Unidades de Pronto Atendimento I (UPA I) e quatro Unidades de Pronto Atendimento II (UPA II). "A gestão se dará mediante escolha dos coordenadores administrativo e médico, seguindo cronograma e padrões muito bem definidos", explica o secretário municipal de Saúde, Cláudio Franciscone. O governo federal comprometeu-se a financiar 50% dos custos de manutenção do Samu. O restante ficará a cargo do Estado (25%) e dos municípios que aderirem ao serviço (25%). Em reuniões preliminares, ficou definido que a participação dos municípios no financiamento do serviço variará de acordo com a população, podendo custar de R$ 0,12 a R$ 0,15 por pessoa.