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Treinamento sobre H1N1 re�ne profissionais de sa�de
Data de publicação: 09/07/2009
As medidas que estão sendo tomadas para conter a gripe A (H1N1) e as características da doença, também chamada de Influenza A e "gripe suína", foram debatidas no evento promovido pela Secretaria Municipal de Saúde ontem (8) à tarde, no anfiteatro da Prefeitura. O treinamento contou com a participação de médicos, enfermeiros e representantes de outros segmentos. Os participantes acompanharam com interesse a palestra ministrada pelo infectologista Ricardo Persi, e foram orientados sobre como proceder ao se deparar com casos suspeitos. Embora tenha sido declarada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a primeira pandemia do século 21, a doença não deve merecer mais atenção que a gripe sazonal humana, segundo Persi - pelo menos por enquanto. "A gripe sazonal mata cerca de dois mil brasileiros anualmente, e poucos se dão conta. No mundo, a Influenza sazonal mata entre 400 e 500 mil pessoas anualmente em um ano normal", disse. Ou seja, pela frieza dos números, o índice de letalidade da gripe A é menor. O médico explicou que, apesar de se espalhar com facilidade, o vírus H1N1 não costuma ser letal. "Apenas em alguns casos o paciente vai a óbito", afirmou. A taxa de letalidade da doença no mundo é de 0,43% e é maior em pessoas que já possuem alguma enfermidade, como doenças crônicas ou que reduzem a imunidade. Transmissão Persi lembrou que o contágio da gripe A pode ocorrer por via aérea - principalmente tosse e espirro - ou pelo contato com secreções de pessoas contaminadas. "Não há perigo de se contrair a doença ingerindo carne de porco, por exemplo", disse. O especialista lembrou ainda que os sintomas são parecidos com os de uma gripe comum (febre, tosse, dor de cabeça e dores musculares), só que mais intensos. "A explanação foi muito pertinente", avalia o secretário Jorge Mauro Jardim. "Um dos objetivos é atualizar o protocolo de atendimento. As recomendações gerais já estão sendo seguidas. Os profissionais sabem dos cuidados básicos que precisam ser tomados", acrescenta. Na palestra, os profissionais também puderam conhecer a estrutura físico-química do vírus H1N1. As características do organismo foram detalhadas - sua constituição, como se reproduz e se propaga no ambiente e como age quando contamina o corpo humano. No município existem quatro casos suspeitos e um confirmado. O Paraná tem o registro de 555 notificados ao Ministério da Saúde, dos quais 36 já confirmados, 137 descartados e 385 aguardando resultados. Hoje será a vez de agentes comunitários, agentes ambientais e representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal e outras instituições travarem contato com as explanações do infectologista (também na parte da tarde).