Caiu para 0,5% o índice de infestação da dengue em Umuarama. O Ministério da Saúde (MS) recomenda que seja no máximo de 1% para cidades com cerca de 100 mil habitantes. O resultado foi apurado no terceiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação para Aedes aegypti (Lira) do ano (procedimento recomendado pelo MS), realizado pela Secretaria Municipal de Saúde no mês de julho.No primeiro levantamento, em janeiro, 1720 imóveis foram visitados. O índice geral ficou em 1,1%. No segundo, em abril, ficou em 1,7%. No comparativo, o município passou a receber a classificação de ‘baixo risco' - no primeiro semestre, foi de ‘médio risco'.De acordo com o diretor de Saúde do município, Sergio Eko, embora o resultado seja satisfatório, não é razão para que as ações desenvolvidas arrefeçam. "A queda do índice é uma boa notícia. Esta melhora se deve a um conjunto importante de ações realizadas, inclusive com o envolvimento de outros setores, como no caso da recente campanha encabeçada pelo Rotary. Mesmo com o baixo índice, entretanto, é preciso não descuidar", avalia. A equipe responsável pelo combate à dengue será reforçada em breve, com a contratação de oito novos agentes.Novo ‘arrastão'Um novo ‘arrastão' de combate à dengue será realizado em agosto (nos dias 17,18 e 19), atendendo todas as regiões da cidade. Durante todo o dia, caminhões recolherão pneus, garrafas, latas, brinquedos, plásticos, móveis velhos e outros recipientes que podem favorecer a reprodução do mosquito transmissor. O primeiro ‘arrastão' do ano, realizado em março, durou dois dias e recolheu mais de cem toneladas de materiais. A mobilização contou com aproximadamente 30 veículos e envolveu diretamente mais de 150 funcionários.Recentemente, um ‘arrastão' atendeu especificamente a região do Bem Estar (entre a rua Paranapanema e a avenida Goiânia). Foram recolhidas 10 toneladas de materiais, com o auxílio de voluntários do Tiro de Guerra 05/012. "Tínhamos ali o índice mais elevado. No segundo LIRA, atingiu 6,6%. A população atendeu e colaborou. Como resultado, tivemos índice zero no terceiro levantamento", explica a chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Renata Pittito.No terceiro LIRA, foram visitados 1722 imóveis. Além da região do Bem Estar, diversas outras registraram índice zero (Guarani, imediações da Estação Rodoviária, Bonfim, Tucuruvi, Danielle, São Cristóvão, Industrial e outras).MetodologiaNo Levantamento Rápido de Índice de Infestação (LIRA), são pesquisados 20% dos imóveis nos quarteirões programados. É realizado um trabalho concentrado na busca por focos para análise e eliminação dos mesmos. A principal vantagem é a rapidez. Um levantamento realizado em poucos dias permite formular ou alterar a gestão para tornar mais eficazes as ações gerais de controle, como preconiza o Ministério da Saúde.