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Exposi��o promove resgate hist�rico da etnia

Data de publicação: 19/08/2009

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A exposição Fragmentos Xetá, do renomado artista plástico Silvio Rocha, foi aberta oficialmente ontem (18) à noite, no Centro Cultural Schubert. Vinte telas retratam nuances da etnia que habitou a região na década de 1950. Além de Umuarama, integram o roteiro Curitiba, Campo Mourão, Cruzeiro do Oeste, Iporã, Douradina, Nova Olímpia, Guaíra, Cianorte e Tapejara. O vice-prefeito Wilson Simões e a diretora superintendente da Fundação Cultural, Thaís Romero, foram os anfitriões.
Fruto de um meticuloso estudo com foco na cultura e costumes dos índios, o trabalho impressiona pelo vigor. As telas situam as características físicas dos xetá no primeiro plano. Um painel etário depurado, reforçado pelos rústicos instrumentos e adornos, presentes nos registros fotográficos e nos depoimentos dos remanescentes. No fundo, elementos simbólicos remetem à violência do processo de transformação da terra.
No tratamento das cores, destaque para o tom vermelho. Representa o sangue espargido, a morte e a destruição das florestas nativas. Por sua vez, a cor da terra salta aos olhos com assombrosa naturalidade. O relato pictórico é denso e verdadeiramente rico. As figuras infantis chamam especialmente a atenção. Evocam a esperança, a significação de um legado histórico.
"O trabalho é uma grande oportunidade para que os umuaramenses conheçam mais sobre os xetá. Afinal, temos um bosque na região central e outras referências, como uma praça, mas poucos conhecem, de fato, o processo histórico", avalia o vice-prefeito Wilson Simões.

O artista
Silvio Rocha é natural de Cruzeiro do Oeste. Iniciou sua carreira como artista plástico em Campo Grande (MS), em 1981. Participou de várias exposições coletivas e individuais, sendo premiado por oito vezes em salões oficiais. Desenvolve carreira internacional na Europa desde 1994, mantendo atelier em Lisboa.
Apesar de apresentar um estilo característico do surrealismo, a temática de suas obras sempre esteve orientada para o registro da realidade social dos povos indígenas da região do pantanal, construindo e mesclando em seus trabalhos o sonho e a realidade.
A exposição Fragmentos Xetá tem entrada franca, de segunda à sexta, das 8 às 18h.

Local - hall do Centro Cultural Schubert (av. Rio Branco).

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