Diversos
Equoterapia: o cavalo como o melhor amigo
Data de publicação: 09/08/2009
O cavalo exerce fascínio milenar e ocupa papel de destaque na história da humanidade. Já coadjuvou batalhas épicas e foi aliado imprescindível das tarefas do campo. Na contemporaneidade, ganhou status com a inclusão do hipismo nos Jogos Olímpicos. Para completar, revitalizou sua aura nobre com o advento da equoterapia, em franca expansão em todos os continentes. O movimento ritmado e simétrico de equinos devidamente treinados ajuda a tratar, recuperar e integrar pessoas com problemas neuromotores, deficiências sensoriais, distúrbios evolutivos e/ou comportamentais, bem como patologias ortopédicas de origem congênita ou acidental. A conscientização corporal do paciente, a possibilidade de habilitar ou reabilitar a psicomotricidade, a interação capaz de aguçar aspectos como afetividade, autoconfiança e socialização são fatores que fazem a equoterapia disparar no conceito de especialistas de diversas áreas.A Prefeitura de Umuarama, através da Secretaria de Saúde, firmou parceria com a Universidade Paranaense (Unipar) e com a Sociedade Rural para viabilizar um programa de grande alcance social. Desde a semana passada, pacientes que precisam da equoterapia são atendidos gratuitamente no campus II (Hospital Veterinário). O trabalho é coordenado pelo fisioterapeuta Francisco Henrique Pereira, que conta com especialização pela Universidade do Cavalo, primeiro centro da América Latina do gênero. A formação, coordenada pela Universidade de São Paulo (USP), motivou o profissional a ser um dos precursores da equoterapia na região. A sessão inaugural atendeu Dailson Ribeiro, 28, portador de paralisia cerebral, na última quinta-feira pela manhã. A mãe, Joana de Jesus Ribeiro, 54, exaltou a iniciativa. "Nove anos atrás, meu filho participou de algumas sessões, e os resultados foram muito bons. Mas não foi possível dar continuidade. Essa novidade está sendo maravilhosa", diz.Dailson e outros onze pacientes selecionados para a primeira fase do programa participam de sessões semanais de equoterapita (duram, em média, de 30 a 40 minutos). "Em um primeiro momento, estaremos atendendo até 28 pessoas", explica o secretário municipal de Saúde, Jorge Mauro Jardim. "A intenção é, oportunamente, elevar o número", destaca. Segundo o fisioterapeuta responsável, a demanda é grande. "À medida em que os benefícios da equoterapia passaram a ser divulgados e mais conhecidos, ela passou a ser recomendada por diversos especialistas", ressalta Francisco Henrique Pereira. Ele cita como exemplo o caso de uma criança de 6 anos, de Perobal, atendida na APAE (também portadora de paralisia cerebral), que após pouco mais de oito meses de tratamento, deixou de usar cadeira de rodas. "A cadeira acabou sendo doada", revela. "Apenas um exemplo para ilustrar as potencialidades da equoterapia", diz. O tratamento tem muito de lúdico, sendo o primeiro fator favorável a ausência do estigma dos consultórios. Está cientificamente comprovado que, dentro de uma abordagem interdisciplinar, a equoterapia pode melhorar significativamente a estabilidade postural de crianças.A atividade é desenvolvida com a participação de auxiliares-guias.Histórico Os benefícios da interação entre o homem e o cavalo não são algo recente. Hipócrates, conhecido como o Pai da Medicina, conceituava a equitação como meio de regeneração da saúde. Mas somente a partir do século XVII foi feita uma referência ao movimento tridimensional do dorso do cavalo. A técnica se tornou importante aliada na recuperação física e psicológica de mutilados da 2.ª Guerra Mundial e hoje é recomendada para portadores de deficiências motoras, paralisia cerebral, deficientes na produção de movimentos e com movimentos involuntários, problemas na coordenação, equilíbrio, lesões medulares e de nervos periféricos, patologias ortopédicas. Tratando os distúrbios comportamentais e a falta de integração social, os ganhos dependem diretamente da equipe multidisciplinar que atende cada praticante, buscando uma melhora do equilíbrio, postura, controle motor, mobilidade, atividades funcionais, concentração no processamento do pensamento e no raciocínio. Também se consegue um acréscimo na autoconfiança e no autocontrole de emoções, como ansiedade, medo, insegurança, estimulando, ainda, características do comportamento, como paciência e perseverança. A equoterapia foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina em 1997.
A Prefeitura de Umuarama, através da Secretaria de Saúde, firmou parceria com a Universidade Paranaense (Unipar) e com a Sociedade Rural para viabilizar um programa de grande alcance social. Desde a semana passada, pacientes que precisam da equoterapia são atendidos gratuitamente no campus II (Hospital Veterinário). O trabalho é coordenado pelo fisioterapeuta Francisco Henrique Pereira, que conta com especialização pela Universidade do Cavalo, primeiro centro da América Latina do gênero. A formação, coordenada pela Universidade de São Paulo (USP), motivou o profissional a ser um dos precursores da equoterapia na região. A sessão inaugural atendeu Dailson Ribeiro, 28, portador de paralisia cerebral, na última quinta-feira pela manhã. A mãe, Joana de Jesus Ribeiro, 54, exaltou a iniciativa. "Nove anos atrás, meu filho participou de algumas sessões, e os resultados foram muito bons. Mas não foi possível dar continuidade. Essa novidade está sendo maravilhosa", diz.
Dailson e outros onze pacientes selecionados para a primeira fase do programa participam de sessões semanais de equoterapita (duram, em média, de 30 a 40 minutos). "Em um primeiro momento, estaremos atendendo até 28 pessoas", explica o secretário municipal de Saúde, Jorge Mauro Jardim. "A intenção é, oportunamente, elevar o número", destaca. Segundo o fisioterapeuta responsável, a demanda é grande. "À medida em que os benefícios da equoterapia passaram a ser divulgados e mais conhecidos, ela passou a ser recomendada por diversos especialistas", ressalta Francisco Henrique Pereira. Ele cita como exemplo o caso de uma criança de 6 anos, de Perobal, atendida na APAE (também portadora de paralisia cerebral), que após pouco mais de oito meses de tratamento, deixou de usar cadeira de rodas. "A cadeira acabou sendo doada", revela. "Apenas um exemplo para ilustrar as potencialidades da equoterapia", diz. O tratamento tem muito de lúdico, sendo o primeiro fator favorável a ausência do estigma dos consultórios. Está cientificamente comprovado que, dentro de uma abordagem interdisciplinar, a equoterapia pode melhorar significativamente a estabilidade postural de crianças.
A atividade é desenvolvida com a participação de auxiliares-guias.
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