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Um semestre de conquistas expressivas

Data de publicação: 12/07/2009

Foto da matéria Um semestre de conquistas expressivas

Ao fazer uma reflexão sobre a administração, no início do segundo semestre, o prefeito de Umuarama, Moacir Silva, avaliou como "muito positivo" o resultado dos primeiros seis meses. "Dentro do possível, procuramos avançar, principalmente no que se refere a readequar a estrutura administrativa para atender as necessidades mais prementes da população e criar uma base para a implementação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento integral do município, de forma melhorar a qualidade de vida da população".

O prefeito também reconhece que alguns setores exigem atenção especial e um esforço maior da administração, dada à dimensão das cobranças feitas pela sociedade. "Temos duas demandas que são fundamentais: a recuperação da malha asfáltica e o atendimento na saúde, que afetam a rotina diária da nossa comunidade", reconhece o prefeito...

 

- O que fazer com a malha asfáltica?

Moacir Silva: É preciso reconhecer que a pavimentação asfáltica está desgastada, saturada. Em grande parte da cidade, o prazo de validade do asfalto já venceu. Na gestão do Fernando Scanavaca teve o programa ‘Asfalto Comunitário', que chegou aos bairros, ampliando consideravelmente a área pavimentada. Contudo, o asfalto antigo e o mais novo não tiveram a necessária conservação. Por isso, hoje, mais de 70 por cento da malha viária urbana pavimentada necessitam de serviços de recuperação. E a população está certa em chiar, em cobrar do poder público as providências necessárias. Infelizmente, isso exige recursos financeiros e a Prefeitura, no momento, está impossibilitada de uma ação mais ampla. Estamos trabalhando com um orçamento ‘engessado', herdado da gestão anterior, onde não há previsão de recursos suficientes para poder fazer a recuperação do asfalto. Mas não estamos parados. As operações tapa buracos estão sendo melhoradas, garantindo uma recuperação de melhor qualidade, enquanto está no forno um projeto que vai permitir andarmos mais depressa na recuperação das nossas vias públicas. É preciso dizer que a Secretaria de Obras, conforme já noticiamos, avalia que serão necessários em torno de R$ 15 milhões para recuperar a malha asfáltica urbana de Umuarama, o que, convenhamos, não é pouco dinheiro.

 

- E a saúde, como está e como precisa ficar?

Moacir Silva: Eu jamais vou tirar o foco da saúde. Falei muito sobre o péssimo atendimento que a população vinha tendo nos postos de saúde, na falta de especialistas, enfim, no funcionamento geral do sistema em Umuarama. Não vou esquecer isso, jamais. E um compromisso que assumi e não vou fugir dele. Nossa saúde ainda não vai bem. E nem poderia. Assumimos um sistema de gestão totalmente falido, descompromissado com a realidade da nossa população. Isso exige reparos. E os reparos exigem tempo. E as mudanças sempre provocam reações. Temos que realinhar algumas ações, pois na ânsia de mudar, também cometemos falhas. Não há nenhum demérito em reconhecer isso. Nesse ponto, preciso dizer que há muitos interesses em jogo. Sem criar polêmicas, até dias atrás a Secretaria de Saúde vinha sendo atingida sistematicamente por denúncias infundadas e irresponsáveis, vindas de fontes sem crédito que, na falta do que fazer e revoltadas por ter perdido as benesses que tinham até então, ou esperavam ter nesta nova administração, buscaram a imprensa para criar fatos inexistentes. Mas estou trabalhando, junto com o secretário Jorge Jardim, no sentido de melhorar o atendimento médico, inclusive nas especialidades, e no fornecimento de remédios. Reconheço que é preciso maior agilidade no atendimento à população.
Recentemente, demos um passo importante, ao implantarmos o sistema de informatização na rede municipal de saúde. Teremos mais agilidade no atendimento e maior controle das consultas, exames e medicamentos. E o convênio que firmamos com o Consórcio Paraná Medicamentos vai garantir economia na compra de remédios e ter esses remédios em quantidade para atender as necessidades da população. Repito: tenho um compromisso com a população de fazer da saúde publica de Umuarama uma saúde nota 10. Ou seja, recuperar os prejuízos que a saúde pública sofreu nos últimos quatro anos.

 

- Que outros problemas mais urgentes enfrenta a administração hoje, seis meses depois?

Moacir Silva: A malha viária rural também apresenta problemas. São mais de 400 quilômetros de estradas vicinais em leito natural que exigem permanente conservação. Como essa conservação foi deficiente nos últimos anos, o problema se avolumou. E avolumou mais ainda porque os equipamentos rodoviários estavam sucateados, exigindo considerável investimento de recursos financeiros e bom tempo para a recuperação. Agora é que estamos colocando a situação em dia e priorizando o atendimento das necessidades do tráfego na zona rural, pois é preciso uma normalidade no escoamento da produção agropecuária.
Outra questão que nos preocupa é o Cemitério Municipal, que está precisando de reformas e melhorias. Estamos orientando a direção da Acesf a agir com mais agilidade e objetividade, mesmo reconhecendo as dificuldades naturais que ainda permanecem, em função de desmandos e desmazelos encontrados pela nova administração da Acesf. Fazer novas obras e muito mais fácil do que refazer coisas erradas. O cemitério municipal de Umuarama foi vítima de ação dos vândalos que administraram a Acesf nos últimos quatro anos. É de dar pena. Peço a compreensão da população, pois deixar aquele local adequado demanda algum tempo e dinheiro.

 

- Como pretende resolver esses problemas?
Moacir Silva:
Primeiro, peço um pouco mais de paciência à população. Juntamente com os secretários, diretores e toda a equipe de funcionários, estamos buscando as alternativas para resolver todos esses problemas. Principalmente desses que nos referimos aqui. São questões fundamentais, as quais quero acrescentar uma outra: a qualificação profissional.


- Como assim?

Moacir Silva: Umuarama enfrenta um sério problema quanto aos cursos de qualificação de mão de obra. Temos que revisar os critérios para encontrar o caminho da qualificação profissional direcionada. Isto é: identificar os setores que exigem especialização e direcionar os cursos para essas áreas. Estamos começando a agir nesse sentido, mas é preciso avançar mais. E também precisamos oferecer oportunidades de aperfeiçoamento da mão de obra para quem já esta empregado, de forma a melhorar o desempenho dos empregados e, com isso, oportunizar melhores salários.
E concluindo a resposta à pergunta anterior, dizer que os problemas de Umuarama, se não todos, mas boa parte deles, podem ter soluções através de duas vertentes básicas: a primeira, com uma sólida política publica de investimentos direcionados aos setores essenciais, aí posto o desenvolvimento econômico com justiça social; e, segundo, a atração de investimentos privados através de incentivos para o crescimento da indústria e da expansão da atividade agropastoril, onde reside considerável parcela das fontes de renda municipais.

 

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