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Vigilância faz novo alerta sobre situação da dengue no município

Data de publicação: 24/03/2023

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Secretaria de Saúde apela para que população faça sua parte e dedique um tempo para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti

 

Vinte em cada 100 casas na região da Praça Portugal têm ao menos um foco do mosquito transmissor da dengue. Diante desta realidade identificada por meio do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices Para o Aedes aegypti), realizada pela Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Umuarama, equipes de agentes de endemias realizaram, durante toda a semana, trabalho de campo concentrado, visitando todos os imóveis.

Segundo Renata Luzia Ferreira, coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental, 20 pontos de LIRAa é algo ‘bastante preocupante’, porque, segundo a Organização Mundial de Saúde, o ideal é que esse índice seja de no máximo 1 para ser considerado de baixo risco. “Os profissionais de campo [agentes de endemias] entram nos quintais, observam tudo, orientam sobre o que está certo e o que está errado e indicam se acharam algum foco”, conta.

Ela detalha que caso seja encontrado algum foco, é feita a coleta e o material enviado para a Vigilância Ambiental para análise. “E, comprovado que se trata um criadouro, automaticamente é enviado para que sejam lavradas notificações e multas ao morador, que tem suas responsabilidades perante a lei. Nunca é demais lembrar: se a população não fizer a parte dela, de nada adianta o trabalho dos agentes”, observa.

Renata constata que infelizmente muita gente não deve acreditar que a dengue mata, pois ‘não dá a mínima atenção aos cuidados básicos, como não deixar jogados pneus, vasos de plantas e outros recipientes que possam acumular água’. “Não é uma brincadeira: até uma simples tampinha de garrafa pet deixada no tempo, pode acumular água suficiente para se transformar em um criadouro do Aedes aegypti. E vale destacar que ele também transmite, além da dengue, a febre chikungunya, a febre amarela e o zika vírus. Estamos falando sobre doenças graves, letais, mas que podem ser evitadas se cada um fizer sua parte”, indica.

As chuvas dos últimos tempos coloca toda a cidade em estado crítico – 15 novos casos de dengue foram confirmados nesta sexta-feira (24) –, porém, algumas localidades estão em alerta total, como a região do Colégio Souza Naves, com nota 16, o Verde Vale, o Sonho Meu e o Independência, com nota 12, a Zona II, com nota 11,5, o Parque Cidade Jardim, com nota 11,4, o Jabuticabeiras, com nota 11,1, e o Parque Bandeirantes, com nota 10. “Quando temos índices entre 1% e 3,9%, o risco de infestação é considerado médio. Porém, acima de 4% já estaremos em alto risco”, explica Renata.

 

Trabalho em Serra dos Dourados

A coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental comenta que no distrito de Serra dos Dourados houve o registro oficial de um caso de febre chikungunya, a Vigilância Ambiental foi destacada para realizar um trabalho mais apurado na localidade, objetivando garantir o bloqueio e o controle da proliferação de novos casos. “Entre as ações de campo, realizadas pelas equipes de agentes de endemias, foram aplicados larvicidas, feitas fiscalizações, aplicados fumacês – com bomba costal e outras operações para eliminar possíveis focos”, comunica.

Ela citou especificamente uma visita especial que fez a uma família de paraguaios que mora no distrito e, após várias denúncias de vizinhos, foi constatado que o local (quintal) realmente apresentava ‘grande risco’, com acúmulo de lixo, recicláveis, recipientes plásticos e embalagens acumuladas. “Eu conversei pessoalmente com os moradores, expliquei a situação e ofereci uma semana para que providências fossem tomadas. Voltamos agora, nesta quinta-feira (23) e tudo estava organizado e limpo”, informa.

Várias toneladas de entulhos também foram retiradas em todas as ruas do distrito, em trabalho que contou com o apoio de profissionais da Secretaria Municipal de Serviços Públicos. “Primeiro nós passamos casa por casa, estabelecimento por estabelecimento, comunicando que faríamos um arrastão. Os moradores fizeram sua parte e colocaram os materiais que acumulam água para fora e tudo foi recolhido”, pontua.

 

 

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